domingo, 29 de março de 2009

O PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO, ARTÍSTICO E CULTURAL DE MOURAZ

A freguesia de Mouraz possui hoje um espólio de bens culturais de valor considerável que deve ser defendido, preservado e divulgado, merecendo uma maior atenção, quer por parte dos poderes públicos, quer dos habitantes locais e dos visitantes.
A Igreja Matriz, com o orago de S. Pedro, foi construída há novecentos anos, ainda antes da criação do couto de S. Pedro de Mouraz pelo rei D. Afonso Henriques.
Até meados do século XIX era norma, segundo o uso cristão, sepultar os defuntos na igreja e nos terrenos em redor da mesma, razão pela qual, por diversas vezes, durante obras realizadas, foram encontradas ossadas humanas no subsolo da sacristia e do adro.
Em diversos assentos paroquiais dos séculos XVII e XVIII é feita referência ao local da igreja onde o defunto foi sepultado. Por exemplo, está registado que Bernardo Lobo de Abranches, falecido em Mouraz a 14 de Outubro de 1700, foi sepultado na capela-mor. O Padre Frei Bernardo Lobo, seu filho, falecido no dia 18 de Abril de 1719 em casa de seu irmão João Lobo Osório do Amaral (a Casa dos Lobos, do Carvalhal), foi sepultado no meio da capela-mor, no mesmo local onde, um ano depois, era depositado o corpo de sua irmã Esperança Jacinta, falecida no dia 8 de Abril de 1720.

In Mouraz História e Memórias, António Fernando Dias de Almeida